As câmaras de videovigilância modernas são compostas essencialmente por 3 componentes chave.
O Sensor de imagem, a Lente e o SoC.
Sensor de Imagem
O Sensor de imagem é o circuito eletrónico que na realidade captura a luz proveniente da lente. Existem 2 tecnologias de sensores que podem ser usadas. Podem ser sensores CCD ou CMOS. Os sensores CCD foram durante vários anos considerados superiores, no entanto mais caros que os sensores CMOS. Hoje em dia a grande maioria das câmaras de videovigilância utilizam tecnologia CMOS, mais barata e já bastante mais perto da qualidade da tecnologia CCD.
Os sensores são referenciados pelo seu tamanho em polegadas (medidos na diagonal) normalmente os sensores de videovigilância têm 1/2, 1/3 ou 1/4 de inch. Quanto maior for o sensor de imagem mais luz consegue captar, logo melhor imagem.
O sensor de imagem tem uma espécie de rede de pontos (pixeis) sendo que quanto mais pontos tiver mais resolução terá a imagem.
Lente
A lente é uma parte fundamental da câmara e tem a função de aumentar ou diminuir o campo de visão e efetuar a focagem da imagem.
Basicamente se a lente estiver mais afastada do sensor de imagem (distancia focal) o zoom será maior. Logo se tivermos uma lente de 12mm tem um zoom superior a uma lente de 2,8mm.
Não esquecer que o campo de visão tem em conta a distância focal mas também o tamanho do sensor de imagem! Não podemos dizer apenas , por exemplo, que uma lente de 3,6mm tem um angulo de abertura de 53º. Até pode ter para um sensor de 1/4” mas para um sensor de 1/2” já terá uma abertura de 83º.
Tem aqui um bom conversor gratuito: https://www.jvsg.com/online/
Existem lentes com distancia focal fixa mas existem também lentes em que se pode alterar a sua distancia focal, a que se chama lente varifocal.
As lentes varifocais, por sua vez, podem ser manuais (tem de se ajustar a lente na própria câmara) ou motorizadas (têm um motor interno que faz com que se possa ajustar via software.
SoC (System on a Chip)
O SoC é na prática um mini computador que processa toda a codificação, compressão, transmissão e restantes funcionalidades existentes nas próprias câmaras. Como o nome indica, é todo um sistema dentro de um único chip.
No caso das câmaras chamadas analógicas (CVBS) que já caíram em desuso, a transmissão é enviada diretamente ao gravador em formato de vídeo composto, não necessitando assim de nenhum SoC na Câmara. No caso das câmaras modernas, do tipo IP ou Analógico HD todas têm um SoC
No caso das câmaras analógicas HD, existem 3 tecnologias diferentes. A AHD, a CVI e a TVI. Todas incompatíveis entre si, no entanto uma grande maioria dos sistemas analógicos HD existentes no mercado já vêm preparados para funcionar com as 3 tecnologias.
Os sistemas “analógicos HD” são na realidade sistemas digitais onde é feito todo o processamento no SoC. Esses sinais digitais codificados e que podem incluir não só vídeo como também outras informações são depois transformados em sinal analógico para simplesmente poderem ser enviado por cabo coaxial e a distâncias superiores.
As câmaras IP diferem das câmaras analógicas HD principalmente por utilizarem a rede de dados IP para transmitirem a informação (em formato digital). Habitualmente as câmaras IP estão também mais artilhadas em termos de funcionalidades. Costumam ter um leitor de cartões SD, têm a possibilidade de analítica na própria câmara, dispõem de um web server onde é possível configurar diversos parâmetros, podem ter som, entradas e saídas diversas entre outras funcionalidades.