Arquivo da Categoria: Controlo de Acessos (SCAE)

CONTROLO DE ACESSOS GERAL

Os sistemas de controlo de acessos, apesar de não serem obrigatórios por lei, (excepto em Recintos Desportivos) são muitas vezes obrigatórios pelas próprias empresas pela sua eficácia no controlo de pessoas e bens.

O controlo de assiduidades, por sua vez, é obrigatório (mas não necessita de ser efetuado eletronicamente).

Os dois sistemas por vezes fundem-se num só, o mesmo equipamento poderá servir tanto para controlar acesso, ou seja, abrir portas ou outro tipo de barreiras, como funcionar como picagem de ponto dos funcionários. No entanto são sistemas distintos na sua essência.

Da mesma forma que os sistemas de alarme de intrusão, a norma EN 60839-11-1 determina os mesmos 4 graus de segurança distintos.

De salientar que os sistemas de controlo de acessos eletrónicos devem estar interligados ao sistema de deteção de incendio de forma a poderem abrir portas sempre que necessário.

Todas as intervenções de manutenção e assistência técnica de material e equipamento de segurança devem ser anotados no livro de registos relativo ao sistema instalado.

CARTÕES/TAGS DE PROXIMIDADE

RFID

Radio Frequency Identification Device. É um sistema que usa campos eletromagnéticos para transmitir dados digitais. Num cartão ou tag estão incorporados um recetor, um emissor e um micro transmissor rádio.

Num sistema PASSIVO é utilizada a rádio frequencia do leitor para transmitir o sinal que induz a energia necessária para ler o cartão. Este tipo é o mais comum nos sistemas de controlo de acessos. Os cartões ou tags normalmente já vêm com o nuimero de cartão pré gravado mas em alguns casos é possivel regravar esta informação.

Num sistema ATIVO o equipamento é maior já que tem de ter bateria própria, mais caro, mas por outro lado consegue transmitir o sinal a distancias maiores.

O equipamento de proximidade mais comum em controlo de acesso trabalham em baixa frequência – 125 kHz. Dai o nome comum RFID 125

MIFARE

MIFARE é o segundo sistema mais comum de proximidade (marca da NXP Semiconductors) apesar de ser um sistema RFID utiliza também tecnologia de cartão inteligente (smart card). Os smart cards têm um microchip (como vemos nos cartões do cidadão, ou cartões multibanco) que têm capacidade de memória onde podem ser armazenados dados. Esta tecnologia trabalha em alta frequencia 13,56 MHz.

Dentro da tecnologia MIFARE existem 4 familias diferentes.

MIFARE Classic – É ainda a versão mais usada. É mais básica, dispõe de 1kB (1024 bytes) de memoria. Existe ainda a versão de 4kB

MIFARE Plus – tecnologia mais avançada com nivel de segurança AES 128

MIFARE Ultralight – chips de baixo custo, muito usados em bilhetes para transportes públicos, grandes eventos, etc.

MIFARE DESFire – Descrito como Rápido, Inovador, de Confiança e Avançado. É a tecnologia com maior segurança. Já sairam diversas versões, sendo a mais recente a EV3 onde é possivel escolher diversos tipos de algoritmos de encriptação.

BIOMETRIA

Os sistemas de biometria dividem-se nas diversas características intrínsecas que nos podem identificar. De acordo com a lei de proteção de dados (Lei nº58/2019 art.28º num. 6) O tratamento de dados biométricos dos trabalhadores só é considerado legítimo para controlo de assiduidade e para controlo de acessos às instalações do empregador, devendo assegurar-se que apenas se utilizem representações dos dados biométricos e que o respetivo processo de recolha não permita a reversibilidade dos referidos dados.

Impressão Digital – Através da leitura das particularidades papilares (ou elevações de pele) que são unicos em cada um de nós é possivel identificar um individuo. Estas papilas mudam muito pouco desde a nascença até a morte, sendo assim uma forma muito fiavel de identificação.

Ao recolher as impressões digitais devem-se recolher as impressões de mais de um dedo em cada mão, desta forma caso o individuo tenha algum acidente com um dedo pode usar outro.

Leitura da Iris – A leitura da iris é feita iluminado a iris com luz infravermelha invisivel que capta padrões unicos na nossa iris. Esta técnologia, apenas de não provocal qualquer mal ao individuos não é muito aceite. Isto porque as pessoas têm receio da luz infravermelha e tambem porque a altura em que se coloca o leitor poderá não ser muito comoda para pessoas muito altas ou muito baixas.

Reconhecimento Facial – Esta tecnologia está bastante mais evoluída e cada vez mais perto da fiabilidade disponibilizada pela leitura de impressões digitais ou leitura da iris, em muitos casos é já possivel identificar, com um grande grau de confiança, pessoas até com chapéus, oculos escuros ou mascaras cirurgicas. Utilizado técnologia de reconhecimento a 3 Dimenções ou tecnologia de identificação á distância (HID) é cada vez mais dificil enganar o sistema com fotografoas de caras ou de mascaras.

Reconhecimento Vascular – A tecnologia de leitura de veias é idêntica á popular leitura de impressão digital. Coloca-se o dedo (ou a mão inteira) num leitor e é possivel identifcar as caracteristicas intrinsecas de cada individuo. Pessoalmente quando vi esta técnologia há cerca de 10 anos pelas mãos da Hitachi achei que iria ser a tecnologia mais usada devido á sua alta taxa de fiabilidade, rapidez e de dificil falsificação, no entanto tal não se verificou.

Reconhecimento de voz – Esta tecnologia compara o tom, tempo e forma de fala do individuo com as amostras gravadas. Consegue assim identificar com rigor determinado individuo.