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VIDEOVIGILÂNCIA GERAL

SISTEMA DE VIDEOVILÂNCIA

(VSS – Video Survillance System)

Art. 115 da Lei nº 46/2019 (altera a lei nº34/2013)

Tal como os sistemas de alarme de intrusão, os sistemas de videovigilância também são obrigatórios em Bancos, Ourivesarias, Lojas de Ouro, Bombas de Gasolina, farmácias, bares e discotecas, ferro-velho, recintos desportivos, entre outros.

É obrigatória a colocação de sinalética própria no estabelecimento, a indicar a existência de um sistema de videovigilância.

A simbologia gráfica está referenciada no Anexo VIII da Portaria 273/2013

A sinalética tem de ter o seguinte formato e descrição:

Sinal em forma de triângulo equilátero, em fundo de
cor amarela com orla interior em cor preta, ao centro,
símbolo representando o pictograma de uma câmara de
videovigilância em cor preta.

Com as seguintes menções «Para sua proteção, este local é objeto de videovigilância»; A entidade de segurança privada autorizada a operar o sistema, pela menção do nome e alvará ou licença; O responsável pelo tratamento dos dados recolhidos perante quem os direitos de acesso e retificação podem ser exercidos

Já não é necessário realizar nenhuma notificação ou comunicação à CNPD.

De acordo com o RGPD, é o responsável pelo tratamento que deve analisar previamente se o tratamento de dados pessoais, decorrente da utilização de um sistema de videovigilância, cumpre os requisitos do RGPD e de outra legislação nacional que seja aplicável.

As câmaras não deverão abranger,

  • Áreas de espera em consultórios,
  • Áreas de descanso ou lazer do pessoal,
  • Interior de elevadores,
  • Salas de aula e refeições,
  • Esplanadas,
  • Vestiários,
  • Interior e acessos a casas de banho,
  • Interior de piscina ou ginásio.
  • Digitação de códigos de segurança em terminais de pagamento
  • Via pública
  • Propriedade de terceiros

As câmaras (exceto raras exceções) não podem captar som.


TEMPO DE GRAVAÇÃO E LOCAIS OBRIGATÓRIOS

LocaisVideovigilânciaDescrição
Empresas de centrais de segurança e instalações operacionaisObrigatório (30 dias)Ver pagina Requisitos
Mínimos Legais
Instituições de crédito e
sociedades financeiras
Obrigatório (30 dias)Permitir a identificação de pessoas e garantir a cobertura zonas de atendimento ao
público, de depósito e guarda de valores, e de cofres, dispensadores de dinheiro ou
caixas automáticas
Conjuntos comerciais e grandes superfícies de comércioObrigatório
(30 dias)
Permitir a identificação de pessoas e garantir a cobertura zonas de atendimento ao
público, de depósito e guarda de valores, e de cofres, dispensadores de dinheiro ou
caixas automáticas
Joalharia, ourivesarias, galerias arte (>15.000€)Obrigatório
(30 dias)
sem requisitos específicos
Farmácias e postos de
abastecimento de combustível
Obrigatório
(30 dias)
sem requisitos específicos
Bares e discotecas > 100 lugaresObrigatório (30 dias)Identificação de pessoas nos
locais de entrada e saída das
instalações e o controlo de
toda a área destinada a clientes, deste a abertura até ao fecho do estabelecimento.
Cumprir com os Requisitos
Mínimos Legais
Recintos desportivos onde se realizem espetáculos desportivosObrigatório
(60 dias c/som)
Gravação de imagens e som: obrigatória desde a abertura
até ao encerramento. Sinalética deve estar traduzido em pelo menos uma língua
estrangeira
Armazenamento, tratamento ou valorização de metais não preciososObrigatório
(90 dias)
Controlo efetivo de entradas e saídas nas instalações
Outros Locais (Exceto Habitação)Não obrigatório (30 dias)sem requisitos específicos

A Lei 46/2019, artigo 31º, veio dar a possibilidade de mais 48 horas depois dos 30 dias para a destruição das gravações.

CONSTITUIÇÃO DE UM SISTEMA VSS

Um sistema comum é composto por:

  • Gravador digital com capacidade de diversos números de câmaras (há gravadores de 4, 8,16, 32, 64 câmaras). Poderão ter a possibilidade de ligar à internet para visualização remota e ligação de entradas e saídas para interagir com outros sistemas.

Os gravadores podem gravar em modo 24h contínuo ou por horários definidos, ou por contacto de entrada externa ou por deteção de movimento . Podem ainda, em alguns casos, reconhecer objetos, ter reconhecimento facial, reconhecimento de passagens em sentido contrário, LPR (Licence Plate Recognition) e diversas outras análises inteligentes.

  • Disco(s) rígido(s) a colocar no gravador com capacidade para gravar 30 dias (ou 60 ou 90 dias em alguns casos, ver obrigações no seletor Geral) vezes o número de câmaras do gravador.
  • Câmaras de videovigilância que poderão ser de muitos géneros distintos como: fixas, rotativas (denominadas por PTZ ou Speed Dome), com lentes varifocais, lente olho de peixe, zoom, de exterior ou interior, com visão noturna, térmica, etc.
  • Fontes de alimentação, cabos, acessórios e adaptadores.
  • A Visualização pode ser feita com Monitor diretamente ligado ao gravador, pode ser feita via software dedicado instalado em computador (local ou remoto), por web browser ou via APP para smartphones.

Constituição de uma Câmara de Videovigilância

As câmaras de videovigilância modernas são compostas essencialmente por 3 componentes chave.

O Sensor de imagem, a Lente e o SoC.

Sensor de Imagem

O Sensor de imagem é o circuito eletrónico que na realidade captura a luz proveniente da lente. Existem 2 tecnologias de sensores que podem ser usadas. Podem ser sensores CCD ou CMOS. Os sensores CCD foram durante vários anos considerados superiores, no entanto mais caros que os sensores CMOS. Hoje em dia a grande maioria das câmaras de videovigilância utilizam tecnologia CMOS, mais barata e já bastante mais perto da qualidade da tecnologia CCD.

Os sensores são referenciados pelo seu tamanho em polegadas (medidos na diagonal) normalmente os sensores de videovigilância têm 1/2, 1/3 ou 1/4 de inch. Quanto maior for o sensor de imagem mais luz consegue captar, logo melhor imagem.

O sensor de imagem tem uma espécie de rede de pontos (pixeis) sendo que quanto mais pontos tiver mais resolução terá a imagem.

Lente

A lente é uma parte fundamental da câmara e tem a função de aumentar ou diminuir o campo de visão e efetuar a focagem da imagem.

Basicamente se a lente estiver mais afastada do sensor de imagem (distancia focal) o zoom será maior. Logo se tivermos uma lente de 12mm tem um zoom superior a uma lente de 2,8mm.

Não esquecer que o campo de visão tem em conta a distância focal mas também o tamanho do sensor de imagem! Não podemos dizer apenas , por exemplo, que uma lente de 3,6mm tem um angulo de abertura de 53º. Até pode ter para um sensor de 1/4” mas para um sensor de 1/2” já terá uma abertura de 83º.

Tem aqui um bom conversor gratuito: https://www.jvsg.com/online/

Existem lentes com distancia focal fixa mas existem também lentes em que se pode alterar a sua distancia focal, a que se chama lente varifocal.

As lentes varifocais, por sua vez, podem ser manuais (tem de se ajustar a lente na própria câmara) ou motorizadas (têm um motor interno que faz com que se possa ajustar via software.

SoC (System on a Chip)

O SoC é na prática um mini computador que processa toda a codificação, compressão, transmissão e restantes funcionalidades existentes nas próprias câmaras. Como o nome indica, é todo um sistema dentro de um único chip.

No caso das câmaras chamadas analógicas (CVBS) que já caíram em desuso, a transmissão é enviada diretamente ao gravador em formato de vídeo composto, não necessitando assim de nenhum SoC na Câmara. No caso das câmaras modernas, do tipo IP ou Analógico HD todas têm um SoC

No caso das câmaras analógicas HD, existem 3 tecnologias diferentes. A AHD, a CVI e a TVI. Todas incompatíveis entre si, no entanto uma grande maioria dos sistemas analógicos HD existentes no mercado já vêm preparados para funcionar com as 3 tecnologias.

Os sistemas “analógicos HD” são na realidade sistemas digitais onde é feito todo o processamento no SoC. Esses sinais digitais codificados e que podem incluir não só vídeo como também outras informações são depois transformados em sinal analógico para simplesmente poderem ser enviado por cabo coaxial e a distâncias superiores.

As câmaras IP diferem das câmaras analógicas HD principalmente por utilizarem a rede de dados IP para transmitirem a informação (em formato digital). Habitualmente as câmaras IP estão também mais artilhadas em termos de funcionalidades. Costumam ter um leitor de cartões SD, têm a possibilidade de analítica na própria câmara, dispõem de um web server onde é possível configurar diversos parâmetros, podem ter som, entradas e saídas diversas entre outras funcionalidades.

Gravação e Armazenamento

Em qualquer sistema de videovigilância é imperativo gravar e armazenar as imagens para posteriormente verificação ou utilização como prova legal.

TEMPO DE GRAVAÇÃO OBRIGATÓRIO

A lei define rigorosamente o numero de dias de armazenamento de video que um sistema de videovigilância deverá ter.

Por defeito são 30 dias de gravação, nem mais nem menos. (a lei 46/2019 art. 31º veio dar a possibilidade de mais 48 horas para destruição das gravações), no entanto há casos excecionais.

LocaisVideovigilância
Empresas de centrais de segurança e instalações operacionaisObrigatório (30 dias)
Instituições de crédito e
sociedades financeiras
Obrigatório (30 dias)
Conjuntos comerciais e grandes superfícies de comércioObrigatório
(30 dias)
Joalharia, ourivesarias, galerias arte (>15.000€)Obrigatório
(90 dias)
Farmácias e postos de
abastecimento de combustível
Obrigatório
(30 dias)
Bares e discotecas > 100 lugaresObrigatório (30 dias)
Recintos desportivos onde se realizem espetáculos desportivosObrigatório
(60 dias c/som)
Armazenamento, tratamento ou valorização de metais não preciososObrigatório
(90 dias)
Outros Locais (Exceto Habitação)Não obrigatório (30 dias)

Localização do armazenamento

Existem basicamente 3 localizações para armazenar as imagens enviadas pelas câmaras.

  • Na própria câmara, se a mesma tiver capacidade para isso em cartão de memória (usualmente cartão micro SD). No entanto esta forma de gravação costuma ser usada como backup e não como armazenamento principal. Isto porque a maioria das câmaras têm a limitação de cartões até 128Gb, (um calculo rápido indica que a gravação para uma câmara de 2Mpx, 12 fps, 24h/dia, H.265 daria para apenas 12 dias) logo não cumpre o legalmente establecido.
  • Armazenamento na Cloud. Na prática significa que o armazenamento é feito remotamente. Tem a grande vantagem de não ficar exposto a furto, mas tem diversas outras desvantagens. As principais desvantagens são a enorme largura de banda ocupada (tanto do lado das câmaras – Upstream, como do lado do servidor remoto – Downstream), Os custos associados (maquinas mais caras ou custos de mensalidade no caso de uso de servidores partilhados), maior probabilidade de problemas técnicos (temos de não só garantir a qualidade de instalação do local das câmaras mas também temos de confiar na qualidade do provedor de servidos de internet e da qualidade de instalação do local onde se encontra o servidor). Acredito, sem duvida, que será o futuro do armazenamento dos sistemas de videovigilância mas ainda estamos longe de ser um meio viavel para a maioria dos sistemas de videovigilância.
  • Gravadores. Sem duvida a forma mais usual e simples de efetuar o armazenamento das gravações dos sistemas de videovigilância. Temos essesnciamente 2 tipos de gravadores. Os NVR (Network Video Recorder) que são gravadores usados para as câmaras de rede IP e os DVR (Digital Video Recorder) que são os gravadores usados para os sistemas analogicos e analogicos HD onde a transmissão é feita ponto a ponto por cabo coaxial. Na maioria dos casos qualquer gravador tem a possibilidade de colocar os discos com a capacidade que queremos e por vezes mais do que 1 disco. Tanto os NVRs como os DVRs têm modelos que permitem a gravação de 4, 8, 16, 32, 64, 128 ou 256 câmaras.

Capacidade de Gravação

A Capacidade de Gravação para garantir o numero de dias necessários de gravação depende de diversos fatores, nomeadamente:

  • Numero de Câmaras
  • Resolução de cada uma das câmaras. Quanto maior for a resolução melhor é a qualidade de imagem mas também maior é o ficheiro de vídeo
  • Tipo de Compressão. Tipos de compressão mais modernos conseguem uma percentagem de compressão bastante superior e com qualidade bastante satisfatória.
  • Imagens por segundo (Frames per Second – fps) quanto maior o numero de frames por segundo maior a fluidez do vídeo mas também maior o tamanho do ficheiro de vídeo.
  • Tipo de gravação, A gravação pode ser continua 24/7 mas pode também ter definido um horário mais reduzido (exemplo: dias uteis das 8:00 ás 19:00). Pode ainda ser definido por deteção de movimento ou por input de um outro equipamento.

Aqui encontra uma boa calculadora online para perceber a quantidade de espaço em disco necessário https://tools.hikvision.com/calculatorTool/index.html#/

Compressão

Os sistemas de videovigilância têm vindo a adotar cada vez melhores protocolos de compressão. A tabela em baixo mostra um exemplo comparativo dos varios tipos de compressão. Usar sempre o protocolo de compressão mais recente disponivel no equipamento.

Ter em atenção que não é possível atualizar o protocolo de compressão apenas com um update de software. O Hardware é um elemento fundamental para a compressão.

NomeLançamento (aprox.)Capacidade necessária de disco * (aprox.)
MJPEG1990840 Gb
H.264 (AVC)200340 Gb
H.265 (HEVC)201322 Gb
H.265+ **201515 Gb
H.266 (VVC)202012 Gb
* tendo em conta 24h de gravação para uma câmara genérica de 1080p a gravar 25 fps ** Compressão não standard usada por alguns fabricantes

FPS – Imagens por Segundo

Em Portugal, um filme normal de televisão é gravado a 25 fps no entanto um sistema de videovigilância, por norma não tem a necessidade de gravar tantas imagens por segundo (a grande maioria tem a possibilidade de gravar até 30 fps mas na realidade não existe essa necessidade). O olho humano apenas consegue processar cerca de 12 imagens por segundo.

Um calculo rápido: Se uma pessoa andar paralelamente à velocidade de 5 km/h se gravarmos a 10 fps temos um distanciamento entre imagens de apenas 13 cm. Mesmo se for um carro a 30 km/h o distanciamento é de 78 cm a 10 fps ! Perfeitamente aceitavel para ver o decorrer da ação.

A Norma EN-62676 (não obrigatória) define as seguintes imagens por segundo para alta qualidade:

Atividade/LocalizaçãoFPS recomendados
Corredores e outras zonas de passagem pedestre6
Multibancos12,5
Bares e Discotecas12,5
Parques de estacionamento12,5
Contagem de Dinheiro12,5

Para a grande maioria dos casos (exceto vigilância de trafego rodoviário e aéreo , eventos desportivos, casinos e salas de jogo) aconselho o uso de 12 FPS. Poupa cerca de metade de espaço em disco e largura de banda comparativamente a 25 fps.

Tipo de Gravação

O tipo de gravação mais simples e menos complicado é colocar a gravar 24/7 assim garante a continuidade da gravação. No entanto, é possível gravado de outras formas poupando muito espaço em disco, largura de banda e horas procurando por ações que ocorreram.

Como opinião pessoal e sempre que possivel um sistema de videovigilância deverá ficar a gravar com deteção de movimento a 12 fps (e em casos de segurança mais critica adicionalmente gravação continua a 5 fps ).

Requisitos Minimos Legais

Na realidade os requisitos técnicos minimos obrigatórios referêntes ao tipo de câmaras, gravador e transmissão para os sistemas de videovigilância apenas se aplicam às instalações operacionais das empresas de segurança privada.

Existem 4 tipos de empresas de segurança privada com os seguintes alvarás:

  • A- Vigilância de bens e controlo de entradas
  • B – Proteção Pessoal
  • C- Gestão de centrais de receção de alarmes
  • D- Transporte e guarda de valores

Essas empresas têm de garantir que (nas suas instalações operacionais) os seus sistemas de videovigilância dispõem dos seguintes requisitos:

  • Policromáticas
  • Capacidade de reconhecimento inequívoco de vulto humano (em alguns casos o reconhecimento e identificação de individuos)
  • Indice de proteção IP66
  • Compressão H.264 ou equivalente
  • Possibilidade de mascarar zonas onde é proibida a captação de imagens
  • Transmissões encriptadas tendo a chave de encriptação de ser alterada a cada 6 meses
  • Visualização e controlo em tempo real
  • Autenticação dos operadores
  • Gravação digital e encriptada
  • Sincronização do sistema com a hora legal portuguesa
  • A gravação tem de ser feita de forma a ser auditável

TIPOS DE TECNOLOGIA VSS

TIPO DIGITAL ANALÓGICO HD ANALÓGICO SD (CVBS)
IP SDI AHD HD-CVI TVI-HD 960H
CODIFICAÇÃO Câmara ou Gravador (NVR) Câmara ou Gravador Gravador Gravador Gravador Gravador
TIPOS DE CODIFICAÇÃO MJPEG, H.264, H.265 Sem compressão H.264 H.264 H.264 H.264
TRANSMISSÃO Via rede IP digital, pode ligar a switch Transmissão digital ponto a ponto Transmissão analógica ponto a ponto Transmissão analógica ponto a ponto Transmissão analógica ponto a ponto Transmissão analógica ponto a ponto
DELAY Algum atraso Sem atraso Sem atraso Sem atraso Sem atraso Sem atraso
(Atraso na imagem)
RESOLUÇÃO MAX. > 30 Mpx 1080p (2 Mpx) 3G-SDI 1080p 4K 4K 960H
(2 Mpx) (8 Mpx) (8 Mpx)
Ligação PTZ Diretamente pelo cabo de rede Necessita cabo adicional (RS-485) Necessita cabo adicional (RS-485) Pode usar mesmo cabo Pode usar mesmo cabo Necessita cabo adicional (RS-485)
(Pan/Tilt/Zoom)
QUALIDADE DE IMAGEM Excelente Excelente Boa Muito Boa Muito Boa Fraca
FICHA DE LIGAÇÃO RJ-45 BNC BNC BNC BNC BNC
TIPO DE CABO UTP RG59 RG59 UTP c/Balluns RG59 UTP c/Balluns RG59 UTP c/Balluns RG59 UTP c/Balluns
DISTÂNCIAS MÁXIMAS 100* 150 500 150 400 200 500 250 600 300
(em metros) (entre Switch)
COMPATIBILIDADE Protocolo ONVIF Open Source, altamente compatível com grande parte dos fabricantes mundiais Compatibilidade não garantida Open Source, diversos fabricantes Proprietário DAHUA Open Source, usada por muitas das maiores marcas mundiais Open Source, todos os fabricantes continuam a suportar câmaras analógicas normais
RESUMO Sem dúvida a melhor tecnologia e a que irá desenvolver mais no futuro. Tem um preço mais alto e pode ter algum atraso na imagem. Tecnologia Rara em Videovigilância. Muito Usado em Broadcast. Preço elevado. Menor preço entre as analógicas HD no entanto a qualidade também sofre um pouco Boa qualidade-preço, no entanto, só é fabricado por 1 único fabricante Dentro das analógicas HD é a que têm mais fabricantes a apoiar, excelente qualidade-preço Sendo a tecnologia com mais anos continua a ser comercializada, no entanto, para sistemas novos é de evitar.
PREÇO Alto Muito Alto Médio Médio Médio Médio-Baixo
Opinião MELHOR IMAGEM/ EVITAR RAZOÁVEL RAZOÁVEL MELHOR EVITAR
MELHOR QUALIDADE (EM VIDEOVIGILÂNCIA) QUALIDADE-PREÇO OBSOLETO

PREÇO ALTO/ POUCOS FABRICANTES

Câmaras Térmicas

Câmaras térmicas para a deteção de febre.

Este tipo de equipamento não têm qualquer legislação associada,
A principal utilização deste equipamento é tentar medir a temperatura corporal de pessoas e dar um alerta / alarme em caso de temperatura elevada (normalmente superior a 38º)

Instalação

– Utilização Exclusiva em Interiores

– A altura da câmara depende muito da resolução e do comprimento focal. (Exemplo meramente informativo). Uma lente normal de 6 mm com 160×120 res. deve ser instalado a 1,5m de altura para medir uma face completa entre 1,5 e 3 metros de distância

– Deve ser criado um corredor com apenas uma direção para a câmara conseguir captar os rostos das pessoas. A largura do corredor deverá ter em conta o angulo de abertura da câmara e a capacidade da câmara em verificar diversas temperaturas de diferentes pessoas em simultâneo.

– A câmara deve ser posicionada com um ângulo de cerca de 30º do corredor de forma a conseguir visualizar todos os rostos (depende também da altura da instalação, largura do corredor e abertura)

– A temperatura do recinto interior onde a medição vai ser realizada deve ser constante e as pessoas que vierem de um ambiente externo com temperatura diferente devem ter tempo para se ajustar à temperatura interior. (aproximadamente 5 minutos para a temperatura corporal estabilizar.)

– O campo de visão da câmara não deve apanhar luz solar direta ou indireta, como superfícies reflexivas. A câmara também não deve apontar para equipamentos de alta temperatura, como aquecedores, lâmpadas de alta potência, cafeterias com equipamentos de alta temperatura, como máquinas de café, micro-ondas, lava-louças, etc.

– Evitar ambiente estáveis, com luz insuficiente ou cenários com alto contraste.

Instalação firme. A câmara não pode tremer. Se for necessário colocar um tripé, verifique se não há qualquer vibração.

– Use um dispositivo próprio de calibração “Blackbody” . Este dispositivo pode aumentar a confiabilidade da medida (tipicamente aumenta o nível de fiabilidade de 0,5º para 0,3º) ao fornecer uma temperatura constante como ponto de referência. Normalmente este equipamento deve ser instalado a 1,7m de altura com um ângulo de 15º e deve aparecer em um dos cantos superiores da imagem captada pela câmara.

Outras condicionantes

– Deve-se ter o cuidado de verificar que as pessoas que passam pela medição não estão a usar chapéu, viseiras, óculos ou qualquer outro acessório que possa limitar a captação da temperatura corporal. Até mesmo cabelo muito comprido pode dificultar bastante a leitura da temperatura.

Ter sempre em mente que estes equipamentos não são equipamentos médicos, são equipamentos simplesmente de rápida leitura onde existe um grande fluxo de pessoas. Sempre que houver uma situação de alarme por verificação de temperatura alta a mesma, obrigatoriamente, tem de ser confirmada com um aparelho médico certificado (vulgarmente por um termómetro digital).

RESOLUÇÃO VSS

Tabela de Resolução de Video mais comum

NomeResolução
7K (30 Mp)7360×4128
4K (8 Mp)3840×2160
5Mp2560×1920
3Mp2048×1536
1080p (2Mp)1920×1080
720p (1 Mp)1280×720
960H960×576
PAL (TV)720×576
4CIF704×576
VGA640×480
CIF352×288
QCIF176×144

QUADRO DE DEFINIÇÕES VSS

Índice de proteção IP (Ingress Protection)- Proteção a água e poeiras (Max: IP68)
Índice de proteção IK (External Impacts) – Proteção contra impactos (Max: IK10)
Anti Fog – Visualização mesmo em nevoeiro
WDR– Visualização mesmo contraluz (Wide Dynamic Range)
BLC – Back Light Compensation Compensação electrónica de luminosidade (mais fraco que o True-WDR)
LED IR – Iluminação com infravermelhos para visualização em completa escuridão
Speed Dome PTZ – Movimentação: (Pan) vertical (Tilt) Horizontal e Zoom
Varifocal– Zoom ótico manual feito diretamente na câmara
Lente– distância focal em mm. Quanto menor for o valor maior é a abertura
PoE – Alimentação de 48V via cabo de rede (Power Over Ethernet)
Onvif – Protocolo usado por grande parte dos maiores fabricantes para sistemas IP. Existem diversas versões.
Wi-Fi – Câmara com capacidade de comunicação sem fios via wi-fi 
Dual-Stream- Capacidade de ter 2 tipos de qualidade. Assim poderá visualizar as imagens mesmo com internet lenta com uma qualidade mais baixa.
ANPR/LPRAutomatic Number Plate Recognition/ License Plate Recognition é uma tecnologia de reconhecimento automático de matriculas
C-Mount – Câmaras com lente “tipo C” que podem ser trocadas facilmente por outras lentes com anel de 5mm. (Existe tambem o CS, identico mas com outro anel)
Térmica – Câmara com capacidade de visão de radiação térmica
CMOS – Complementary Metal Oxide Semiconductor Sensor mais barato e cada vez mais usado em videovigilância
CCD – Charged Coupled Device – Sensor considerado com melhor qualidade mas mais caro.

NORMAS E REQUISITOS VSS

As normas não são obrigatórias exceto quando são mencionadas especificamente na legislação. As normas são documentos pagos que podem ser adquiridos no Instituto Português da Qualidade (IPQ).


Partes da Norma EN-62676 (Sistemas de Videovigilância)

1-1Requisitos dos Sistemas de Videovigilância
1-2Requisitos para transmissão de vídeo
2-1Protocolos de transmissão de Vídeo – Requisitos
2-2Protocolos de transmissão de Vídeo – IP Baseado em HTTP e REST
2-3Protocolos de transmissão de Vídeo – IP Baseado em Serviços Web
3Interfaces Analógicas e Digitais
4Conceção, Planeamento, Desenho, Instalação e Manutenção
5Qualidade e especificações de Imagem

Apesar da legislação, nomeadamente a Portaria 273/2013 falar da norma EN 50132 – Alarm systems – CCTV surveillance systems for use in security applications CLC/TC 79 a mesma já foi descontinuada e substituida pela norma EN-62676